Há muito para fazer!
Temos de aprender a cuidar das nossas crianças, a começar pela nossa própria criança.
Só quando aprendemos a cuidar da nossa própria criança interior podemos ter verdadeira empatia por nós mesmos e pelas pessoas à nossa volta. Todas as emoções não resolvidas, todas as necessidades que não foram atendidas e as nossas adversidades de infância não desaparecem simplesmente. Eles existem dentro de nós, criando uma lente através da qual passamos a observar o mundo.
É na infância que construímos a nossa visão do mundo, das pessoas e de nós mesmos. A personalidade está em formação, e as relações e a bagagem acumulada são fundamentais para aquela. Podemos desenvolver um trauma em qualquer momento da vida, mas é na infância que ele tem maior impacto e tende a causar mais danos.
Estudos científicos têm demonstrado que as experiências adversas, na ausência de fatores de proteção e dependendo da duração, gravidade e frequência, causam hiperativação e/ou ativação prolongada do sistema de resposta ao stress, prejudicando o crescimento e desenvolvimento ideal do cérebro e interrompendo a sinalização saudável de todos os sistemas orgânicos. A resposta desregulada ao stress provoca inflamação e doenças crónicas subsequentes, podendo influenciar a expressão genética nesta e nas futuras gerações. Fatores de proteção, como um ambiente seguro e relacionamentos positivos, fornecem esperança de que as respostas biológicas normais a circunstâncias adversas possam ser evitadas ou revertidas, levando à melhoria clínica, cognitiva e funcional.
As EAI são um fenómeno complexo que se reflete em questões sociais e de saúde pública preocupantes, pelo que requerem atenção e merecem ser alvo de todas as intervenções possíveis.
Temos de trabalhar na prevenção e mitigação dessas adversidades, mas também temos de trabalhar no resgate e requalificação das vítimas. Temos de cuidar dos adultos com sintomas resultantes de Experiências Adversas na Infância. Por nós. Pelas nossas crianças. Pelas vítimas. Pelas crianças do futuro. Para interromper o ciclo catastrófico da adversidade.
Tu podes assumir uma posição ativa e positiva neste movimento. Tu podes contribuir para construir um futuro melhor. Tu podes contribuir para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida das vítimas. Tu podes impedir que as vítimas das EAI façam nascer novas vítimas.
Não percas mais tempo. A situação é grave.
Junta-te a nós agora.
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