Temos obrigação moral de requalificar estas pessoas

 

 

A infância é o palco da vida no qual são frequentemente vivenciados acontecimentos traumáticos que podem deixar marcas definitivas e irreversíveis no ser humano. Para alterar este cenário temos que intervir junto dos adultos que foram vítimas de EAI. O processo de requalificação começa pela tomada de consciência do problema. Temos de tomar consciência de que as EAI existem e nos afetam a nós, aos nossos e às pessoas à nossa volta.

No passado de cada adulto vítima de EAI existe uma criança negligenciada, não acolhida, desamparada, silenciada, incompreendida.  Como disse, Saramago “o pai espiritual do homem que sou é a criança que fui”.

Assim, para além de evitar a exposição de crianças a experiências adversas, há que encontrar estratégias no sentido de romper o ciclo das adversidades, evitando que gerações futuras continuem a sofrer as mesmas experiências. Quando adultos que sofreram experiências adversas se tornam pais, sem terem restabelecido a confiança em vínculos seguros, a tendência é que tratem os seus filhos da mesma forma como foram tratados em crianças.

Temos que passar a fazer parte da solução de requalificação. Temos que assumir a requalificação das vítimas de EAI como uma atividade prioritária. Podemos sempre apontar o dedo ao Estado, a outras organizações ou à sociedade em geral, mas a responsabilidade individual inicia-se com o nosso próprio comportamento e atuação individual dentro da comunidade onde estamos inseridos. O nosso contributo pode ser maior ou menor, mas não é o tamanho que importa. O que importa é contribuir para requalificar estas vítimas.

Tu podes contribuir para requalificar as vítimas de EAI e impedir que surjam novas vítimas!

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