O stress tóxico durante a infância é a causa da maioria dos problemas da sociedade.

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A situação é muito grave. Os estudos publicados e a literatura são unânimes em confirmar que que a exposição numa idade precoce, a níveis demasiado elevados ou exposições ao stress demasiado prolongadas, a ocorrência de maus-tratos, a conflitualidade familiar, os acontecimentos de vida stressantes e as condições de vida adversas, podem acarretar o prejuízo de múltiplos sistemas orgânicos, incluindo regiões do cérebro como a amígdala, o hipocampo e o córtex pré-frontal. As alterações na neuroplasticidade destes sistemas cerebrais, por sua vez, podem influenciar a reatividade ao stress e os próprios ritmos de envelhecimento. Em situações de stress tóxico ou adversidade crônica, estas alterações assumem a configuração patogénica de uma carga alostática, um processo cumulativo que resulta de uma desregulação.

Parafraseando Martin Teicher, MD. PhD, Professor de Psiquiatria em Harvard:

Nossos cérebros são esculpidos por nossas experiências da infância. O mau-trato é um cinzel que modela o cérebro para o confronto com a adversidade às custas, porém, de feridas profundas e permanentes” “A sociedade colhe o que semeia pela forma como trata suas crianças. O stress esculpe o cérebro para exibir uma gama de comportamentos antissociais de natureza adaptativa…o stress desencadeia uma cascata de alterações hormonais que programa permanentemente o cérebro da criança a lidar com um mundo malévolo. Através desta cadeia de eventos, violência e abuso passam de uma geração à outra, bem como de uma sociedade à seguinte.”

Vamos permitir que as nossas crianças continuem a vivenciar experiências de dor e sofrimento emocional ou físico, exacerbadas pelo medo de viver novas experiências dolorosas? Vamos permitir que as nossas crianças acreditem num mundo malévolo? Vamos permitir que as nossas crianças se transformem em adultos inseguros? 

Agora que sabemos que as EAI são a causa das causas da maioria dos problemas da sociedade e que este tema é transversal a todos, temos a responsabilidade de criar uma estratégia concertada e mobilizar esforços em diferentes eixos, para prevenir e evitar a exposição das crianças a EAI e resgatar as vítimas. 

Cada um de nós tem o poder e o dever de assumir a sua responsabilidade individual neste desafio coletivo.

A Missão Pertinente é uma associação sem fins lucrativos que se propõe a criar um movimento social para prevenir, resgatar e requalificar as Experiências Adversas de Infância.  Há muito para fazer. 

 Tu podes fazer parte deste movimento social.

Descobre como no nosso website:

https://missaopertinente.pt/

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