A Estratégia da Missão Pertinente

A Missão Pertinente – Associação de Desenvolvimento Humano foi constituída no Porto em 9 de Setembro de 2022 com o propósito de prevenir, resgatar e requalificar as experiências adversas na infância (EAI).

A designação “MIssão Pertinente” constava da lista de nomes pré-aprovados do IRN e, francamente, não foi a nossa primeira escolha.

No entanto, sob o ponto de vista de semântica, o nome não poderia ser mais apropriado para o desafio a que nos propomos.

Segundo a infopédia, missão significa, entre outras coisas “incumbência, encargo”, “comissão diplomática” e no sentido figurado “função nobre a cumprir”. Pertinente pode significar “que vem a propósito, apropriado, adequado, relevante, importante”.

A Missão Pertinente incumbe-se portanto de uma função nobre a cumprir, que é relevante, importante e que vem cada vez mais a propósito.

Temos consciência de que para resolver as causas e as consequências das EAI não basta boa vontade. A solução depende em larga medida de alterações culturais profundas no seio que não são fáceis de alcançar e que constitui um desafio para várias gerações.

Além disso, implica um enorme envolvimento de toda a comunidade e cooperação ativa de diferentes sectores, desde logo a ação social, a educação, a saúde e a justiça. Nesses sectores coabitam milhões de pessoas e milhares de instituições.

 

Uma economia de Missão é Pertinente

Apostamos claramente na inovação e por isso definimos como estratégica a estreita colaboração com todas as áreas, mas o ponto de partida – ou pelo menos de ligação – terá que ser a ciência e a investigação que asseguram um suporte sólido, baseado na evidência, fornecendo conhecimento especializado, metodologia e mensurabilidade às ações que nos propomos a desenvolver.

Estamos fortemente inspirados pelo conceito de “economia de missão” proposto pela economista italiana Mariana Mazzucato, atualmente docente no University College London, onde também fundou e dirige o Institute for Innovation and Public Purpose. É consultora de governantes em todo o mundo, a quem ensina a promover a inovação de maneira a produzir um crescimento mais inclusivo e sustentável.

Tom Cobasi, comissário no Institute of Public Policy Research Commission on Health and Prosperity em Londres, escreve no jornal The Guardian, a propósito no trabalho da Mariana, que “as sociedades devem rejeitar as ideologias estafadas e adotar a abordagem política que levou astronautas à Lua. Quando estabelecem missões específicas e o poder do Estado é exercido de forma pragmática, as sociedades podem tornar-se mais prósperas e equitativas.”

Este princípio de “economia de missão” anima o nosso espírito que se suporta fortemente pela busca da inovação, que se reconhece pela ambição e a imaginação, fazendo uso de um pensamento colaborativo para redefinir os parâmetros da sociedade.

A associação iniciará a sua atividade social na comunidade local onde está inserida, mas tem os olhos postos no país e no mundo. O princípio é “ação local, estratégia nacional, ambição global”.

 

Visão

Criar uma rede ativa de cooperação científica, interpessoal, interprofissional e interinstitucional para envolver toda a comunidade na prevenção das experiências adversas na infância, bem como mitigar os seus efeitos ao longo da vida nos domínios da saúde física, mental e emocional, educação e integração social.

 

Valores

Justiça Social – Cooperação – Tolerância – Empatia – Responsabilidade Social – Autenticidade – Bem estar – Bondade – Conhecimento – Solidariedade – Inovação

 

Missão

Estimular a responsabilidade e inovação social para a cooperação na produção e difusão de conhecimento e dinamização de atividades que promovam a empatia, a tolerância, a bondade e a solidariedade que resultará na autenticidade individual, na justiça social e no bem estar coletivo, sobretudo para a prevenção e mitigação de efeitos das experiências adversas na infância ao longo da vida.

 

Mensagem

“Presta bem atenção a este texto. Ele vai transmitir-te informações que talvez ainda não saibas. Ou que talvez até já saibas,  mas que ainda não percebeste que te afetam a ti, diretamente. Afeta-te a ti, aos teus e às pessoas de quem mais gostas.

O tema é grave, mas ainda assim há boas notícias.

Vincent Felitti, médico norte americano, descobriu por acaso, uma relação direta entre as experiências adversas na infância e muitos problemas da vida dos adultos. O tema rapidamente apaixonou toda a comunidade científica.

O que eles perceberam muito claramente foi que o estresse tóxico durante a infância é a causa da maioria dos problemas da sociedade. Doenças físicas e mentais, depressão, ansiedade, relacionamentos abusivos, hábitos pouco saudáveis, insucesso escolar e profissional, vícios, dependências de substâncias, violência e criminalidade têm uma causa comum e está identificada. As estatísticas dizem que mais de 60% das pessoas foram vítimas; mais de 16% são casos graves.

Crianças que foram ignoradas, abandonadas, abusadas, negligenciadas física ou emocionalmente, que convivem com a pobreza, com a doença mental ou com a violência estão praticamente condenadas a uma vida de sofrimento. 

E, em média, morrerão 20 anos mais cedo. 

Serão provavelmente adultos inseguros, doentes, sem estrutura, sem referências. Terão um comportamento errante. Serão julgados, abandonados, humilhados durante todas as suas vidas. Causarão as mesmas experiências aos seus filhos e o ciclo continuará perpetuamente. 

O problema é grave e afeta pessoas de todas as classes sociais e praticamente todas as famílias. Vivemos numa sociedade acelerada que facilmente passa o seu stress às crianças. As consequências são para toda a vida. 

Precisamos ficar atentos. Precisamos parar este ciclo. Precisamos resgatar as crianças e jovens que neste momento estão a sofrer este problema. Temos obrigação moral de requalificar os adultos que passaram por estas experiências adversas na infância. 

A Missão Pertinente é uma associação sem fins lucrativos que se propõe a criar um movimento social para travar este problema. Estamos a juntar cientistas, técnicos, pais e toda a comunidade para criar e implementar estratégias sólidas para travar as experiências adversas na infância e as suas consequências. O tema envolve as áreas social, da saúde, da educação e da vida comunitária. Há muito para fazer. 

É uma longa missão, mas é pertinente. Podemos fazer este caminho: da adversidade à resiliência.

Tu podes ajudar-nos a fazer a diferença. Podes tornar-te sócio. Podes tornar-te voluntário. Podes fazer-nos chegar o teu donativo. Podes passar a palavra aos teus amigos. 

Precisamos de ti. Junta-te a nós. Vamos fazer a diferença. Vamos construir um mundo mais acolhedor e mais justo.

Por ti, pelos teus, por nós, por todos.”

 

* adaptado do texto do vídeo de apresentação da Missão Pertinente “Da adversidade à resiliência” publicado em Setembro de 2022 (disponível neste link)

Objetivos

A associação tem como fim a prevenção, resgate e requalificação das experiências adversas na infância. Para isso, estabelecemos os seguintes

Objetivos principais:

  1. Proporcionar acompanhamento individual de crianças e jovens em risco, garantindo criação de vínculos seguros, que potenciem o crescimento e desenvolvimento saudável, ao nível físico, mental, emocional e social, bem como garantam a aquisição de competências sociais;
  2. Apoiar as famílias mais vulneráveis proporcionando aconselhamento, orientação, gestão de conflitos, psicoeducação, formação profissional e/ou de gestão financeira familiar, apoio na procura e manutenção de emprego, suporte para o tratamento de problemas mentais e dependências, apoio jurídico e promoção da integração social e comunitária;
  3. Dinamizar atividades comunitárias que potenciem o contacto intergeracional num contexto de confiança e de cooperação;
  4. Acompanhar e intervir para promover a saúde e o bem-estar sócio-emocional de crianças, jovens e adultos expostos a experiências adversas na infância, nomeadamente através da orientação e da disponibilização de serviços especializados (ao nível da saúde e da formação/desenvolvimento pessoal) e da promoção de grupos de entreajuda e de suporte social;
  5. Sensibilizar a comunidade para as experiências adversas na infância – causas e consequências, fatores de risco e de proteção e estratégias de mitigação;
  6. Criar e promover mecanismos de identificação precoce junto da comunidade, serviços de saúde, serviços sociais e comunidade educativa, bem como o respectivo encaminhamento;
  7. Criar e manter plataformas de cooperação interpessoal, interprofissional e interinstitucional para partilha de conhecimento, experiências e para proporcionar a reflexão, potenciando a identificação e divulgação das melhores práticas relacionadas com as experiências adversas na infância;
  8. Estimular a criação de uma rede de voluntariado “adultos de confiança”, que possa assegurar a presença, acompanhamento e mentoria das crianças e jovens em risco bem como garantir a sua formação adequada e suporte técnico especializado;
  9. Formar pais para o exercício da parentalidade positiva

 

Objetivos secundários

  1. Estreitar relações de parceria com o setor público (decisores políticos, serviços de saúde, serviços sociais e comunidade educativa), privado e cooperativo para a criação de respostas no âmbito da responsabilidade e sustentabilidade social que garantam a diminuição progressiva dos impactos das experiências adversas na infância;
  2. Estreitar relações com as universidades e sociedades científicas no sentido de estimular a investigação, a inovação e a produção de conhecimento, bem como a sua tradução em linguagem corrente para se tornar acessível a toda a comunidade;
  3. Observação, investigação e monitorização da realidade portuguesa, ao nível das experiências adversas na infância, identificando e promovendo as melhores práticas para mitigação das causas e das consequências;
  4. Desenvolver e aplicar modelos de intervenção comunitária e individual, que envolva ativamente as famílias, potenciando a articulação e colaboração entre diferentes entidades com o objetivo de promover a integração e maximização dos resultados das respostas sociais;
  5. Educação e formação especializada de profissionais em diferentes sectores;
  6. Estimular a psicoeducação do público em geral;
  7. Capacitar e formar profissionais e a comunidade na área da infância através de ações de formação e supervisão com base em evidência científica;
  8. Dinamizar ou apoiar quaisquer outras iniciativas julgadas necessárias ou convenientes para prevenir, resgatar e requalificar as experiências adversas na infância.

 

Atividades sociais

Para realização dos seus objetivos, a associação propõe-se criar e manter as seguintes respostas sociais, em protocolo com o ISS, com as entidades competentes ou em parceria com outras instituições:

  1. Serviços de Atendimento e Acompanhamento Social;
  2. Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental;
  3. Intervenção Precoce na Infância;
  4. Equipa de Rua de Apoio a Crianças e Jovens;
  5. Serviço de atendimento e acompanhamento social;
  6. Grupos de autoajuda;
  7. Centro Comunitário;
  8. Centro de férias e lazer;
  9. Centro de apoio à vida;
  10. Comunidade de Inserção;
  11. Ajuda alimentar;
  12. Equipa de intervenção direta (toxicodependência);
  13. Centro de atendimento a vítimas de violência doméstica.

 

Atividades associativas

A associação propõe-se ainda dinamizar as seguintes atividades associativas:

  1. Criar um gabinete de intervenção pluridisciplinar que garanta apoio e acompanhamento individualizado a crianças, jovens, adultos e famílias perante as experiências adversas na infância e as suas consequências, com particular ênfase nas situações de risco mais elevado.
  2. Criar rede de voluntários “adultos de confiança”, bem como garantir a sua formação, integração e suporte técnico;
  3. Criar grupos de investigação, inovação e desenvolvimento envolvendo investigadores de diversas instituições de ensino superior, laboratórios científicos nacionais e internacionais, sociedades científicas, ordens e associações profissionais;
  4. Dinamizar grupos e espaços de partilha e reflexão para particulares e profissionais;
  5. Constituir conselhos consultivos para as áreas da ciência, educação, saúde, intervenção social e justiça;
  6. Dinamizar formação especializada orientada a particulares (crianças, jovens e adultos) e a profissionais;
  7. Organização de campanhas de sensibilização orientadas ao grande público e/ou a públicos específicos;
  8. Disponibilização de informação específica sobre a temática das EAI no site e em guias práticos orientados a diferentes públicos;
  9. Dinamizar eventos, presenciais e/ou online, para sensibilizar para a temática das EAI, possibilitando o contacto do público com profissionais de diferentes áreas;
  10. Dinamizar eventos, presenciais e online, que promovam o contacto intergeracional e a integração comunitária, considerados fatores de proteção nas EAI.

 

Atividades instrumentais

A associação poderá ainda desenvolver diversas atividades instrumentais para suportar a sua sustentabilidade e para potenciar o seu desenvolvimento e especialização

  1. Organização de feiras, congressos, colóquios, jornadas e outras iniciativas de caráter social ou científico, com vista à divulgação do conhecimento e criação de redes de contacto e de suporte à prevenção e intervenção nas EAI
  2. Edição de publicações, em diferentes suportes, que de alguma forma possam contribuir para a consciencialização, prevenção, intervenção ou simples transmissão de conhecimento no que concerne às EAI e a outras temáticas relacionadas
  3. Criação, disponibilização ou recomendação a toda a comunidade de serviços clínicos especializados na mitigação dos efeitos das EAI, tais como medicina geral, nutrição, psiquiatria, pedopsiquiatria, pediatria (nomeadamente pediatria do desenvolvimento), psicologia, psicoterapia, neurologia, biofeedback, terapia familiar, entre outros que se venham a revelar-se necessários ou terapeuticamente convenientes.
  4. Disponibilização ou recomendação de serviços de aconselhamento e orientação pessoal, nomeadamente de coaching, apoio jurídico, mentoria, etc.
  5. Disponibilização ou recomendação de formações na área do desenvolvimento pessoal, inteligência emocional, coaching, parentalidade, meditação ou qualquer outra técnica, com especial incidência em promover a geração ou fortalecimento de resiliência;
  6. disponibilização ou recomendação de formações avançadas, nomeadamente especializações, pós-graduações, etc.

 

 

Posicionamento

As experiências adversas na infância existem e afetam 60% da sociedade ( +/- 16% são casos graves), distribuídas por todas as classes.

As consequências são inúmeras, imprevisíveis e distribuídas por todas as áreas da vida do indivíduo e da comunidade, nomeadamente:

  • Problemas de saúde física e mental;
  • Diminuição das hipóteses de evolução a nível pessoal e profissional (falta de rendimento, produtividade)
  • Comportamentos desviantes (droga, álcool, jogo, instabilidade relacional, violência e criminalidade)
  • Morte prematura
  • Risco agravado de Suicídio

O prejuízo para o indivíduo é gigantesco e incalculável, mas pode ser prevenido com estratégias de sensibilização e acompanhamento precoce.

Os benefícios de uma intervenção preventiva  são inúmeros, quer ao nível económico, da saúde, do bem estar individual e social.

Acreditamos que ao invés de remediar as consequências a intervenção sobre as causas será um investimento com enorme retorno a muito curto prazo.

Queremos posicionar-nos como especialistas na temática das experiências adversas na infância, percutores de novas estratégias de prevenção e de intervenção, promotores da investigação e divulgação do tema e um elo de ligação entre os diferentes atores sociais que possam ter um papel de alguma forma determinante nesta área.

 

Eixos de ação

O problema das experiências adversas na infância é transversal a toda a sociedade. Para poder criar uma estratégia concertada, precisaremos de mobilizar esforços em diferentes eixos.

 

Investigação, inovação e desenvolvimento

Promovendo a criação e divulgação de conhecimento, uma observação e monitorização cuidada e continuada da realidade portuguesa, a inovação ao nível de estratégias de prevenção e de intervenção além do desenvolvimento de modelos de gestão articulada entre diferentes instituições e respostas sociais que possam multiplicar os resultados

 

Comunidade

Estimulando o envolvimento de diferentes atores sociais, desde entidades públicas, as Redes Sociais, os centros comunitários, as dioceses, as IPSS, as associações da sociedade civil, as famílias e outros grupos, formais ou informais, promovendo uma cultura positiva de afeto, entreajuda e de antiviolência percutora de uma sociedade livre de EAI. Um segundo objetivo, não menos importante, é a criação de respostas sociais comunitárias que possam responder com celeridade e eficácia às necessidades das crianças jovens e família em situação de risco, bem como garantir o acompanhamento e requalificação de adultos que foram vítimas das EAI e que agora lutam com as suas consequências ao nível da saúde física, emocional e ao nível do comportamento.

 

Educação

Cooperando com as direções, psicólogos escolares, professores, auxiliares e alunos, no sentido de potenciar uma cultura de não-violência, bem como dotar todos os agentes de conhecimento especializado para reconhecer as EAI, diminuir os fatores de risco e aumentar os fatores de proteção além de assegurar os meios para intervenção imediata e encaminhamento das situações que despertam preocupação

 

Serviços de Saúde

Sensibilizando os serviços de saúde para os riscos e consequências das EAI e dotando-os de ferramentas de diagnóstico precoce, oferecendo um questionário de triagem (acompanhado de um manual e protocolo para facilitar o diagnóstico), coordenação de cuidados e encaminhamento para tratamento multidisciplinar (Psicoterapia, Psiquiatria e Biofeedback, etc)

 

Serviços Sociais

Estreitando laços com as equipas técnicas das diferentes respostas sociais, fundamentalmente as que mantém intervenção direta com a família e a infância, no sentido de sensibilizar para a importância de criar redes concertadas no sentido de mitigar os fatores de risco, estimular os fatores de proteção e intervir precocemente de forma musculada nas EAI quando são detectadas na infância e na juventude , sem esquecer a óbvia necessidade de requalificar os adultos que passaram por essas experiências.

 

Justiça

Sensibilizando os legisladores, magistrados, ministério público, CPCJ´s e EMAT´s e outras entidades para a importância de mitigar os efeitos das EAI, envolvendo-os na criação de estratégias de ação em articulação com toda a comunidade

 

Âmbito geográfico de ação

Ação local, estratégia nacional, ambição global

A Missão Pertinente pretende oferecer os seus serviços à comunidade onde está inserida e esse é o seu foco principal, até porque essa proximidade com os destinatários finais é essencial para o desenvolvimento de todo o projeto. Mas a associação assume a sua determinação em liderar uma nova estratégia nacional de prevenção e de intervenção nas experiências adversas na infância envolvendo de forma pró-ativa toda a sociedade. A ambição é global, no sentido de que se torna evidente a criação de parcerias com instituições de países mais desenvolvidos, onde existe maior maturidade sobre o tema das EAI, além de que pretendemos estimular a intervenção em países em vias de desenvolvimento, com especial atenção nos PALOP.

 

Destinatários

  • Crianças e jovens referenciados pelas diferentes entidades como possíveis vítimas de EAI
  • Famílias das crianças e dos jovens referenciados
  • Crianças e jovens em situação de risco familiar ou comunitário, nomeadamente em situação de pobreza, violência, exclusão ou qualquer outra situação prevista no ponto \”Fatores de risco individuais e familiares\” e/ou no ponto \”Fatores de risco da comunidade\”
  • Comunidades de risco elevado, em parceria/cooperação com diferentes instituições com operações no terreno
  • Adultos que foram vítimas de EAI
  • Dependentes de substâncias, sobretudo jovens e adolescentes.
  • Reclusos e ex-reclusos, bem como as suas famílias

 

Propostas de Valor

  • Sensibilização de toda a sociedade nacional para as EAI
  • Criação de estratégias e modelos de prevenção e de intervenção
  • Criação de plataformas de colaboração e cooperação interpessoal, interprofissional e interinstitucional
  • Mitigação dos fatores de risco
  • Estimulação dos fatores de proteção
  • Apoio multidisciplinar a vítimas de EAI e de violência (crianças, jovens e adultos)
  • Apoio e acompanhamento das famílias, sobretudo as que se encontram em situação de risco
  • Formação de profissionais (saúde, educação, social, justiça e intervenção comunitária)
  • Formação de pais para a parentalidade positiva
  • Promoção do desenvolvimento, inovação e investigação (epidemiologia, diagnóstico, modelos de prevenção e de intervenção, abordagens sociais e/ou terapêuticas etc )

Canais de comunicação

  • Comunicação institucional para apresentação do projeto e estabelecimento de parcerias
  • Comunicação social, através de notas à imprensa, divulgação de conteúdos especializados, participação em diferentes programas, estimulação de reportagens etc
  • Redes sociais
  • Site (para informação social e científica além da criação de ferramentas de colaboração e cooperação interpessoal, interprofissional e interinstitucional)
  • Tertúlias, palestras (online e offline) podcasts, webinários
  • Dinamização de diferentes atividades de sensibilização e ou de formação
  • Participação em congressos e outros eventos;

 

Atividades Chave

  • Apoio multidimensional e pluridisciplinar a crianças, jovens, famílias e comunidades em risco, nomeadamente criando as respostas sociais previstas no ponto “Programas e respostas sociais” nos termos do Plano Estratégico
  • Dinamização de campanhas de sensibilização para EAI, bem como para os riscos e consequências associadas
  • Promoção de investigação científica nomeadamente no estudo e acompanhamento da realidade portuguesa e promoção da inovação no desenvolvimento de novas formas de prevenção e de mitigação das consequências das EAI além de novas abordagens na gestão das respostas sociais
  • Criação de redes de parcerias interpessoais, interprofissionais e interinstitucionais no sentido de aumentar a sensibilização, difundir conhecimento especializado e criar espaços de reflexão que possam inspirar mudanças na abordagem das EAI

 

Recursos Chave

  • Meios financeiros para os investimentos iniciais (espaço, equipamentos etc)
  • Espaço para alojar as equipas técnicas e de investigação
  • Espaços de atendimento e para dinamização de atividades
  • Plataformas de cooperação (fóruns online) interpessoais, interprofissionais e interinstitucionais
  • Rede de parcerias
  • Técnicos especializados

 

Equipa e estrutura orgânica

Estamos numa fase inicial, ainda sem recursos e sem fontes de recursos significativas, pelo que a equipa inicial será baseada sobretudo nos membros da direção e de outros órgãos da associação e no recurso ao voluntariado.

Alguns fornecedores de serviços especializados foram ou  serão contratados no sentido de suprir necessidades específicas e imediatas.

A contratação de colaboradores representará e acompanhará o crescimento da associação e  será possível à medida que formos mobilizando os recursos necessários (financeiros, instalações, equipamentos, etc).

Nesta fase inicial, estabelecemos o seguinte organigrama funcional, que tem em consideração as prioridades estratégicas de curto prazo.

 

Organigrama funcional

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Os pilares iniciais da nossa equipa

 

O presidente da Direção, Emanuel Almeida, é mentor, consultor e empreendedor digital e assegurará a coordenação estratégica entre os diferentes setores da Associação, bem como a sua representação.

Manuela Cardoso, Vice-Presidente da Direção é jurista, com ampla experiência na coordenação de projetos e de equipas, assegurará a Organização Interna, nomeadamente coordenando e supervisionando as diferentes comissões e grupos de trabalho em regime de voluntariado.

Celeste Roseiro é socióloga e Vice-Presidente da Direção, atualmente diretora técnica de uma IPSS assegurará a coordenação técnica na criação de respostas sociais e as relações externas, nomeadamente com o estabelecimento de parcerias institucionais com vista ao estabelecimento de protocolos de cooperação.

Jorge Barbosa, Secretário da Direção, é engenheiro informático e trabalha com desenvolvimento de software. Na nossa equipa assegura a coordenação da área de tecnologias de informação e da comunicação, assegurando a coordenação de esforços entre profissionais especializados contratados em regime de freelancing e voluntários em diferentes áreas.

Fátima Ferreira, Tesoureira da Direção é contabilista e possui vasta experiência na coordenação de voluntariado social em outras instituições. Assume na nossa equipa a responsabilidade pela direção administrativa e financeira, com o suporte do gabinete de contabilidade. Nesta pasta inclui-se ainda a coordenação das estratégias de financiamento, nomeadamente recorrendo ao crowdfunding, foundraising e mecenato.

Susana Marinho, Presidente da Assembleia Geral, é Psicóloga doutorada em Psicologia da Educação, membro efetivo da OPP, com especialidade em Psicologia da Educação, com intervenção e investigação na área da infância e da parentalidade, além de ser professora universitária. Assume na nossa equipa a coordenação de toda a área científica e de investigação, nomeadamente através da liderança do eixo de investigação, inovação e desenvolvimento, tendo já iniciado o “recrutamento” de voluntários para a sua equipa.

Vários outros membros dos órgãos sociais e sócios da associação estão já envolvidos e empenhados em diferentes projetos, seja a organização do Congresso, a criação de bases de dados de contactos, a revisão de artigos científicos, o levantamento de boas práticas, a produção de conteúdos, a divulgação, etc.

Estamos orgulhosos da equipa que já constituímos, das pessoas que já mobilizamos e gratos por todas as reflexões, projetos e ações já produzidas, apesar de ter passado muito pouco tempo desde a fundação da associação.

Estamos porém conscientes da necessidade de crescer em termos de recursos humanos, seja pela contratação de pessoal especializado, seja pelo envolvimento de um número cada vez maior de voluntários, seja pelo estabelecimento de parcerias, nomeadamente para prestação de serviços.

 

Capacitação de dirigentes

Os desafios do empreendedorismo social exigem cada vez mais competências aos seus promotores. Por isso, consideramos fundamental lançar um plano interno de capacitação de dirigentes, destinado não apenas aos corpos sociais em exercício, mas também aos colaboradores, aos líderes dos grupos de trabalho que viermos a mobilizar, aos sócios e voluntários que se demonstrem mais interessados em prosseguir a participação na vida associativa.

Isto é sobretudo importante porque é consciência plena dos elementos da Direção que uma das suas primeiras obrigações morais é garantir a sua própria sucessão.

Procuramos sobretudo formação ao nível do empreendedorismo social, digital e tecnológico, inovação, gestão de candidaturas, gestão de projetos, liderança,  comunicação e outros temas tipicamente frequentados pelos gestores.

Para implementar este plano, estaremos atentos a oportunidades de formação promovidas pelos nossos parceiros e por diferentes entidades como o CIS Porto, a Geofundos, a CNIS, o IES – Social Business School e outras entidades com oferta relevante.

 

Recrutamento

Contamos que seja possível, no último semestre do ano 2023, iniciar o recrutamento da equipa técnica, iniciando pela contratação de uma pessoa capaz de assumir a direção técnica da associação.

O perfil do pessoal a recrutar será fruto da cuidadosa análise de funções e de responsabilidades.  O processo de recrutamento poderá ser conduzido por uma entidade externa, embora a decisão de contratação seja uma responsabilidade exclusiva da Direção.

 

Integração de estagiários

Pretendemos abrir a nossa equipa à participação de estagiários e por isso, mal tenhamos estrutura para tal, disponibilizamos vagas para realização de estágios curriculares e profissionais.

Contamos que no último trimestre do ano 2023 estejamos em condições para admitir 2 estagiários profissionais, sendo que um deles deve destinar-se à área social e um outro à área da investigação, inovação e desenvolvimento.

Procuramos preferencialmente acolher estagiários altamente qualificados, nomeadamente que tenham finalizado mestrado ou doutoramento.

 

Voluntariado

Faz parte da nossa estratégia envolver, sempre que possível, o máximo de pessoas possível nas tarefas e na vida quotidiana da associação, isto porque entendemos que uma associação não pode ser um mero papel institucional, mas deve ser um órgão mobilizador de pessoas.

Por isso, já procedemos ao recrutamento de vários voluntários para diferentes áreas e pretendemos continuar a seguir esta estratégia continuamente.

Comprometemo-nos a criar, também aos nossos voluntários, um conjunto de experiências positivas.

 

 

Balanced Scorecard

O quadro Balanced Scorecard indica o balanceamento estratégico entre diferentes áreas da organização fundamentais, sobretudo na fase da implantação da Associação.

 

Financeira

Relações externas

criação ativa de valor acrescentado

 

  1. Inscrição e quotizações de sócios
  2. Donativos de particulares
  3. Crowdfunding
  4. Fundraising
  5. Receitas de atividades
  6. Patrocínios e apoios de entidades privadas
  7. Investidores sociais e mecenas
  8. Apoios de fundações
  9. Subsídios e apoios de entidades públicas
  10. Apoios à investigação
  11. Prémios de investigação e/ou inovação

 

 

 

criar um movimento social em todas as áreas

 

  1. Destinatários das respostas sociais
  2. Instituições públicas (ministérios, secretarias de estado e outras entidades públicas e/ou governamentais)
  3. Órgãos municipais (câmaras, juntas de freguesia, Rede Social)
  4. Rede Social, IPSS´s, Fundações e Associações da sociedade civil
  5. Sindicatos (áreas da saúde, educação e ciências sociais)
  6. Ordens profissionais (Médicos, Psicólogos, etc)
  7. Escolas públicas e privadas, de todos os graus de ensino
  8. Associações Juvenis
  9. Catequistas
  10. Instituições de ensino superior, sociedades científicas, investigadores nas áreas da saúde, educação e ciências sociais
  11. Estudantes do ensino superior
  12. Pais e associações de pais
  13. Centros de saúde, Hospitais com serviço de pedo-psiquiatria, clínicas privadas)
  14. Órgãos de comunicação social
  15. Figuras públicas (embaixadores)

Processos Internos

Conhecimento e aprendizagem

Mínimo esforço, máximo impacto

 

  1. Utilização de ferramentas e processos avançados de gestão (Agile, OKR, automação, CRM)
  2. simplificação de processos
  3. criação de grupos de trabalho
  4. monitorização de indicadores de gestão (kpi’s)
  5. promover a iniciativa e a autonomia
  6. orientação ao projeto e aos objetivos
  7. utilização do site ferramenta base
  8. comunicação com proximidade e envolvência
  9. recurso a voluntariado
  10. avaliação regular e melhoria contínua
Notoriedade pela inovação e pela tradução do conhecimento

 

  1. abordagem positivista ( com base em evidências)
  2. cooperação com comunidade científica
  3. cooperação com técnicos
  4. identificação de boas práticas
  5. desenvolvimento de programas de investigação orientado a soluções práticas
  6. promover espaços de partilha e reflexão
  7. compilação de informação e manuais para grupos de profissionais
  8. desenvolvimento de modelos de intervenção: atividades, palestras, tertúlias, etc
  9. promoção de formação especializada por meios próprios ou por cooperação com entidades formadoras
  10. colaboração com instituições de ensino superior para estimular investigação autónoma (teses de mestrado, doutoramento etc) e para compilar informação

 

 

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