A maior causa de doenças está a ser ignorada

 

 

Numerosas evidências científicas demonstram a relação direta entre as EAI e grande parte dos problemas sociais: problemas de saúde física e mental, baixo nível de desempenho escolar e profissional, pobreza, diminuição das hipóteses de evolução a nível pessoal e profissional (falta de rendimento, produtividade), comportamentos desviantes (dependência de substâncias, álcool, jogo, instabilidade relacional, relações abusivas, conflitualidade, violência e criminalidade), risco agravado de suicídio e até morte prematura.

É verdade que as pessoas devem assumir uma responsabilidade individual pela sua saúde. Mas as pessoas não existem num vácuo. Os contextos em que nascem, brincam, aprendem, trabalham, convivem e envelhecem, influenciam as escolhas disponíveis. Devemos considerar não apenas as exposições causais que ocorrem na proximidade temporal das doenças, mas também as suas causas mais fundamentais, as causas das causas, os ambientes físicos e sociais que criam boas oportunidades ou obstáculos intransponíveis, bem como as múltiplas dimensões da privação material, da desvantagem social, da discriminação e exclusão social. Quanto maior o número de experiências de adversidade precoce, maior o risco de aparecimento de problemas de saúde física e mental na vida adulta.

Embora em outros países ocidentais já existam sólidas estratégias e políticas públicas de combate às EAI, em Portugal está praticamente tudo por fazer.

A situação é ainda mais complicada do que parece. A grande maioria das pessoas, nem sequer sabe que as EAI existem e que elas acarretam diversas consequências negativas na vida adulta.  A ignorância é o grande entrave ao combate, mitigação e prevenção da maior causa de doenças. Não podemos continuar a desconhecer ou a desvalorizar aquilo a que em epidemiologia social, podemos chamar a causa das causas. Temos de quebrar o silêncio e a cultura das aparências que continua a mascarar e fazer-nos ignorar a maior causa das doenças.

A Missão Pertinente- Associação para o Desenvolvimento Humano quer transformar esta realidade do desconhecimento e da desvalorização, quebrando as barreiras e as máscaras, entregando conhecimento e construindo modelos de prevenção e intervenção.

Queremos posicionar-nos como especialistas na temática das Experiências Adversas na Infância, percurtores de novas estratégias de prevenção e de intervenção, promotores da investigação e divulgação do tema e um elo de ligação entre os diferentes atores que podem ter um papel de alguma forma determinante nesta área.

 

Tu podes colaborar na construção de uma nova realidade. Podes tornar-te sócio. Podes tornar-te voluntário. Podes fazer-nos chegar o teu donativo. Podes passar a palavra aos teus amigos. 

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Por ti, pelos teus, por nós, por todos.

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